O coordenador nacional do projeto da raiva (que pode ser nomeado pelo Ministério da Agricultura ou da Saúde) deve receber formação em:
Gestão e coordenação de projetos e de pessoas (incluindo a formação do pessoal principal).
Todos os aspectos relacionados com a epidemiologia da raiva e os programas de controle.
Coleta e análise de dados epidemiológicos básicos.
Preparação do orçamento e contabilidade.
Aquisição de vacinas, consumíveis e equipamento.
Preparação, análise e interpretação dos relatórios.
Investigação epidemiológica da raiva humana e canina.
Intercâmbio de informações e coordenação das atividades de controle da raiva entre os setores de saúde humana e animal.
O pessoal veterinário deve receber formação em:
Diagnóstico dos sintomas clínicos da raiva e resposta adequada, conforme descritos aqui.
Avaliação e eliminação de animais, por exemplo, deixar em observação ou prescrever a eutanásia imediata a animais com suspeita de raiva ou que mordem, conforme descrito aqui e aqui.
Colheita de amostras em animais para diagnóstico, embalagem e apresentação nos laboratórios para análise, conforme descrito aqui.
Comunicação de mensagens chave aos donos dos cães sobre a posse responsável.
Vacinação (ver vacinadores de animais infra).
Justificativa da gestão da população canina e métodos humanos de captura dos cães, de eutanásia (por exemplo, animais com suspeita de raiva com base no historico de mordeduras e sintomas clínicos) e do controle da reprodução (esterilização cirúrgica), incluindo anestesia, analgesia e cuidados pós-operatórios, conforme descrito aqui e aqui.
Registo preciso dos dados veterinários.
Legislação veterinária (princpalmente a notificação) e requisitos zoosanitários para os deslocamentos dos animais, conforme descritos na seção sobre legislação.
O seu papel nas questões de saúde pública para reforçar o intercâmbio de informações entre os setores de saúde humana e animal (acompanhamento de animais que mordem, análise das amostras e apresentação dos resultados aos serviços médicos responsáveis).
Investigação epidemiológica da raiva humana e canina.
Os vacinadores dos animais (por exemplo, os veterinários, os para-veterinários, agentes de extensão agrícola e pecuária, trabalhadores do setor da saúde animal, assistentes de veterinária, estudantes de veterinária, assistentes comunitários e voluntários) devem receber formação em matéria de:
Técnicas publicitárias, incluindo a informação e motivação das comunidades locais, conforme descrito aqui.
Métodos de coleta de dados normalizados (por exemplo, o registro de dados relativos aos cães e respectivos donos) e preenchimento dos certificados.
Manuseio e cuidado com o equipamento veterinário.
Métodos humanos de captura e imobilização dos cães para vacinação. Para ter acesso ao protocolo, clicar aqui.
Atualmente, a OIE [1] recomenda vacinas animais para utilização parenteral (para maiores informações, clicar aqui ) e oral (para mais informações, clicar aqui ). Trata-se de uma recomendação essencial, já que em algumas regiões ainda se utilizam vacinas desatualizadas e ineficazes, o que poderá comprometer os programas e desmotivar o pessoal.
- Armazenagem e administração de vacinas. Para ter acesso ao protocolo, clicar aqui to access the protocol.
- Fotografia gentilmente cedida pelo «Serengeti Carnivore Disease Project»
Protocolos de vacinação canina para qualquer uma das estratégias (ou seja, postos de vacinação fixos, clínicas móveis ou a domicílio) e métodos de administração utilizados (ou seja, vacinação por via parenteral ou oral), conforme descritos aqui.
Métodos de marcação dos animais, descritos aqui.
Recolha de dados de acompanhamento (por exemplo, para avaliação da cobertura de vacinação).
Os gestores e o pessoal dos abrigos para animais (incluindo os voluntários) devem receber formação em:
Procedimentos para cuidar e criar os cães.
Tratamento de cães.
Acompanhamento da saúde e a prestação dos tratamentos veterinários necessários.
Procedimentos para adoção, esterilização ou eutanásia.
Conservação de registros e a apresentação de relatórios às autoridades.
Pessoal de apoio à vacinação e motoristas
Os inspetores do bem-estar animal (por exemplo, guardas e agentes de controle animal) devem receber formação em matéria de:
Educação do público e aplicação da legislação e regulamentação pertinentes em matéria de saúde e bem-estar animal.
Manuseio e cuidados com o equipamento veterinário.
Métodos de marcação dos animais.
Informações e/ou a motivação das comunidades locais.
Os manipuladores de carne de cão ((pessoal dos matadouros, embaladores e transformadores de carne), dos países em que é possível, devem receber formação sobre as técnicas de manuseio seguro de cães e os riscos que implica o abate dos cães no matadouro, descritos aqui.
O pessoal técnico dos laboratórios de vacinas anti-rábicas se produzidas localmente, deve receber formação de acordo com as directrizes disponíveis aqui.
O pessoal do levantamento ecológicodeve receber formação sobre as técnicas de recenseamento de cães, descritas aqui.
O pessoal administrativo e de escritório deve receber formação em:
Aquisição de equipamento e consumíveis.
Introdução de dados e gestão das bases de dados.