5.3.2. Componente canino

O coordenador nacional do projeto da raiva (que pode ser nomeado pelo Ministério da Agricultura ou da Saúde) deve receber formação em:
- Gestão e coordenação de projetos e de pessoas (incluindo a formação do pessoal principal).
- Todos os aspectos relacionados com a epidemiologia da raiva e os programas de controle.
- Coleta e análise de dados epidemiológicos básicos.
- Preparação do orçamento e contabilidade.
- Aquisição de vacinas, consumíveis e equipamento.
- Preparação, análise e interpretação dos relatórios.
- Investigação epidemiológica da raiva humana e canina.
- Intercâmbio de informações e coordenação das atividades de controle da raiva entre os setores de saúde humana e animal.

O pessoal veterinário deve receber formação em:
- Diagnóstico dos sintomas clínicos da raiva e resposta adequada, conforme descritos aqui.
- Avaliação e eliminação de animais, por exemplo, deixar em observação ou prescrever a eutanásia imediata a animais com suspeita de raiva ou que mordem, conforme descrito aqui e aqui.
- Colheita de amostras em animais para diagnóstico, embalagem e apresentação nos laboratórios para análise, conforme descrito aqui.
- Comunicação de mensagens chave aos donos dos cães sobre a posse responsável.
- Vacinação (ver vacinadores de animais infra).
- Justificativa da gestão da população canina e métodos humanos de captura dos cães, de eutanásia (por exemplo, animais com suspeita de raiva com base no historico de mordeduras e sintomas clínicos) e do controle da reprodução (esterilização cirúrgica), incluindo anestesia, analgesia e cuidados pós-operatórios, conforme descrito aqui e aqui.
- Registo preciso dos dados veterinários.
- Legislação veterinária (princpalmente a notificação) e requisitos zoosanitários para os deslocamentos dos animais, conforme descritos na seção sobre legislação.
- O seu papel nas questões de saúde pública para reforçar o intercâmbio de informações entre os setores de saúde humana e animal (acompanhamento de animais que mordem, análise das amostras e apresentação dos resultados aos serviços médicos responsáveis).
- Investigação epidemiológica da raiva humana e canina.

Os vacinadores dos animais (por exemplo, os veterinários, os para-veterinários, agentes de extensão agrícola e pecuária, trabalhadores do setor da saúde animal, assistentes de veterinária, estudantes de veterinária, assistentes comunitários e voluntários) devem receber formação em matéria de:
- Técnicas publicitárias, incluindo a informação e motivação das comunidades locais, conforme descrito aqui.
- Métodos de coleta de dados normalizados (por exemplo, o registro de dados relativos aos cães e respectivos donos) e preenchimento dos certificados.
- Manuseio e cuidado com o equipamento veterinário.
- Métodos humanos de captura e imobilização dos cães para vacinação. Para ter acesso ao protocolo, clicar aqui.
- Atualmente, a OIE [1] recomenda vacinas animais para utilização parenteral (para maiores informações, clicar aqui ) e oral (para mais informações, clicar aqui ). Trata-se de uma recomendação essencial, já que em algumas regiões ainda se utilizam vacinas desatualizadas e ineficazes, o que poderá comprometer os programas e desmotivar o pessoal. - Armazenagem e administração de vacinas. Para ter acesso ao protocolo, clicar aqui to access the protocol.

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Fotografia gentilmente cedida pelo «Serengeti Carnivore Disease Project»

- Protocolos de vacinação canina para qualquer uma das estratégias (ou seja, postos de vacinação fixos, clínicas móveis ou a domicílio) e métodos de administração utilizados (ou seja, vacinação por via parenteral ou oral), conforme descritos aqui.
- Métodos de marcação dos animais, descritos aqui.
- Recolha de dados de acompanhamento (por exemplo, para avaliação da cobertura de vacinação).

Os gestores e o pessoal dos abrigos para animais (incluindo os voluntários) devem receber formação em:
- Procedimentos para cuidar e criar os cães.
- Tratamento de cães.
- Acompanhamento da saúde e a prestação dos tratamentos veterinários necessários.
- Procedimentos para adoção, esterilização ou eutanásia.
- Conservação de registros e a apresentação de relatórios às autoridades.

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Pessoal de apoio à vacinação e motoristas

Os inspetores do bem-estar animal (por exemplo, guardas e agentes de controle animal) devem receber formação em matéria de:
- Educação do público e aplicação da legislação e regulamentação pertinentes em matéria de saúde e bem-estar animal.
- Manuseio e cuidados com o equipamento veterinário.
- Métodos de marcação dos animais.
- Informações e/ou a motivação das comunidades locais.

Os manipuladores de carne de cão ((pessoal dos matadouros, embaladores e transformadores de carne), dos países em que é possível, devem receber formação sobre as técnicas de manuseio seguro de cães e os riscos que implica o abate dos cães no matadouro, descritos aqui.

O pessoal técnico dos laboratórios de vacinas anti-rábicas se produzidas localmente, deve receber formação de acordo com as directrizes disponíveis aqui.

O pessoal do levantamento ecológicodeve receber formação sobre as técnicas de recenseamento de cães, descritas aqui.

O pessoal administrativo e de escritório deve receber formação em:
- Aquisição de equipamento e consumíveis.
- Introdução de dados e gestão das bases de dados.

WSPA = World Society for the Protection of Animals

[1] Organização Mundial de Saúde Animal




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Segunda versão; última atualização em julho de 2013